Alcides Mafra

Hora do rush

Faz um tempo, antes ainda do verão, esperando por uma carona para Balneário numa segunda-feira pela manhã, me dei conta de algo que os mais observadores devem ter reparado muito antes: como anda confuso o trânsito em Porto Belo! Caótico talvez seja o termo mais correto…

O que antes era exclusividade dos meses de verão parece estar incorporado à nossa rotina, ou seja, trânsito lento no centro, especialmente nas chamadas horas de rush. Na manhã em que tive a minha “revelação”, fiquei surpreso com a quantidade de veículos transitando pela Irineu José Moreira logo pela manhã: ônibus de estudantes, caminhões e mais carros de passeio, numa confusão de ir e vir, estacionar, manobrar para dar passagem ao outro etc.

Alcides Mafra

A razão principal para isso, creio, está na atual facilidade para se adquirir um carro ou moto. Basta lembrar que, há uma década e pouco, eram raros os meus amigos que possuíam veículos. Hoje, difícil é ver uma família que não tenha pelo menos um na garagem. Motocicleta, então, quase todo rapaz ou moça hoje em dia dirige uma.

Trânsito complicado é quase sempre problema para quem, justamente, não dirige. O pedestre precisa estar atento e seria muito bom que, de parte a parte, passantes e motoristas, usassem com mais frequência e observassem as faixas de pedestre.

Por outro lado, existe a dificuldade com os passeios. Raras são as calçadas que possuem rampa, circunstância que agora, pilotando um carrinho de bebê, verifico com mais precisão, muitas são esburacadas e muitas mais simplesmente, inexistem. E há o problema da superpopulação de postes na avenida: como comparou muito bem dona Lúcia Japp, a principal via parece um “paliteiro”.

Ocorre que, com a cada vez mais comum presença dos navios de cruzeiro em nossa orla, a população pedestre na cidade aumenta bastante em determinados dias. Contingente que, em boa maioria, é formado por idosos.

Se por um lado há mais carros na pista, por outro há mais gente circulando nas calçadas. E estas, definitivamente, não comportam nem atendem adequadamente ao público. Creio que está aí um ótimo tema para os postulantes ao próximo mandato municipal terem na agenda.

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  1. eduardo

    po Dil, na hora que eu ia comentar sobre as calçadas voce encerrou o texto com isto! fica a dica p os proximos governantes! sem contar a qualidade das nossas ruas!! abraço

    • Fala Eduardo! Se a gente for se alongar nesse tema, vamos ver que tem muita coisa que poderia ser melhor resolvida. Acho que, a continuar nesse ritmo, por conta dos navios, vamos nos tornar uma cidade de pedestres. Não bastasse já o contingente de residentes, que merecem melhorias na acessibilidade, é uma questão de fato importante e que merece atenção. Abração.

  2. Vadão

    Pois é, Dil. Voltando no tempo, final da década de 70 e eu, ainda como turista, a nossa rua principal de chão batido e tranquilidade absoluta.Caminhando ou pedalando bicicletas com freio no pé, alguém aí lembra? carro parecia horário de praiana, de hora em hora.
    Hoje é carro e mais carro, moto, caminhão e pouca rua, pouca calçada, muito poste, muito buraco,muita gente, pouco respeito e a faixa de pedestre, muitas vezes, só de enfeite.

    • Bem lembrado, Vadão: circular pela avenida de bicicleta é um problema. Bons tempos em que se podia desfilar com a “magrela” sem muito susto…. Abraço.

  3. Lúcia Currlin Japp

    Alcides, uma possível solução seria a separação total do trânsito que se destina à Bombinhas (um túnel seria o ideal, mas vamos por enquanto deixar isso de lado). A PROSUL tem dados de que, de cada 10 veículos que entram na península de Porto Belo, 9 se destinam à Bombinhas. Isso estatisticamente significa que, de cada 10 acidentes aqui, 9 são provocados por veículos que vão ou voltam de Bombinhas. Qual o impacto disso sobre nossa qulidade de vida? Estamos nos transformando em uma via de acesso à Bombinhas, numa simples continuação da BR, e é por isso que, quem passa por aqui nem quer parar ou olhar. Fica é irritado pela demora a chegar ao seu destino. Temos uma galinha de ovos de ouro nas mãos (a possibilidade de um turismo de qualidade), que estamos matando lentamente!

    • Também acho que teríamos muito a ganhar com essa separação, Lúcia. Bombinhas também. A questão passa, obviamente, pelo famoso “segundo acesso”. Lembro que li um texto seu bastante lúcido sobre qual seria a melhor alternativa (o túnel). Realmente, não sei em que pé anda a discussão sobre o segundo acesso, porém, igualmente não é um assunto para se deixar na gaveta.

  4. Marlun Rebelo

    Boa noite meu grande sábio amigo Dil, parabéns por esse espaço que nos leva informações, nos faz relembrar muita coisaboa, nos faz rir com as histórias e ta,bém nos ensina, parabéns. Aproveito para falar tbém do 2º acesso que tbém concordo que deve sair sim, mas não pdoemos esquecer que a estrada nova que era um antigo caminho de carro de boi e nós conhecemos fechado , apebas uma trilha com acesso a praia triste e outras qdo crianças foi totalmente aberta com maquinário durante dias ( não de um dia para o outro ) pelo então prefeito Sérgio , tudo feito com o conhecimento da população, mas que na época ninguém se mexeu para proibir uma vez que iria passar e passou por cima de algumas cachoeiras, e agora nos dias atuais qdo o governo segundo informação j´estava com um projeto de pavimentação da tal estrada e com aproximadamente 50 milhões em uma conta para fazer a obra algumas pessoas foram e deram um jeito de embargar pois iria passar em cima das cachoeiras. Horaaaaa pessoal, neste caso ja havia passado faz tempo e na época não foi feito nada, agora se fala em um túnel?????? que vai sair no canto da praia de Zimbros. Sabem me dizer o que o povo daquela localidade fala a rspeito?????? Será mesmo que o governo vai doar verba para a construção de um túnel que ai ligar Porto Belo e Bombinhas?? Será. Um grande abraço e sucesso sempre Dil. Esamos juntos. Boa noite a todos.

    • Oi Marlum, como é que vai? Lembro de quando isso aconteceu (a abertura da “Estrada Nova”) e creio que houve polêmica mesmo naquela ocasião. Assim como houve polêmica e mobilização em Bombinhas contra a chamada proposta da Cota 100, que previa especificamente uma estrada panorâmica cortando a Costeira de Zimbros. Como se vê, o assunto rende muito pano pra manga. Outra solução que se aventou, foi a de usar a estrada que já existe no Morro de Zimbros e ligá-la a um acesso que passaria pelo Paraíso Campestre, aqui em Porto Belo. De todas essas, qual seria a melhor? Fato é que o segundo acesso é essencial, e a solução passa inevitavelmente pelo Morro de Zimbros. Se por baixo, por cima, por um lado ou por outro, é questão de se estudar a sério e determinar a viabilidade. Agora, sem o interesse e esforço de ambos os municípios, fica mais longe a solução. Um grande abraço e obrigado pela participação!

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