O pessoal da minha geração (e das anteriores) deve ter, como eu, um sentimento de nostalgia com relação à praia do centro de Porto Belo.
Um par de décadas atrás, o trecho de areia entre o trapiche dos pescadores e aquele amontoado de pedras onde havia o marco da Marinha era o lugar preferido para o namoro dos casais.
Caminhar pela praia era o programa romântico daqueles dias (melhor, noites), assim como era comum o pessoal dar voltas por lá, se reunir. Quase um caminho obrigatório antes das saídas de fim de semana.
Lembro disso porque, no meio da semana, percorremos a praia do Centro eu e o Cezinha, nosso grande amigo baixista, em uma corrida noturna (corridas têm se tornado um exercício frequente e bem-vindo).
Constatamos como a praia está agradável, bem iluminada, o píer transformou o trapiche num local charmoso, atrativo. Porém, acho que ninguém em bom juízo se arriscaria a perambular pelo local à noite.
Sim, encontramos gente caminhando e uns garotos sentados numa mureta lá próximo do trapiche das escunas. Mas, fora os garotos, eram pessoas que talvez você preferisse evitar se estivesse sozinho…
Creio que a situação mudaria bastante se ocorresse por aqui o que acontece em Bombas, por exemplo, onde a praia é um espaço familiar, com gente praticando caminhadas, corridas, jogando aquele jogo com discos de madeira que lembra a bocha (se alguém souber o nome, por favor, me avise), entre outras atividades.
Será que o mesmo não poderia acontecer por aqui? Claro, se o Casarão estivesse operando durante a semana (ouvi boatos de que pensam em derrubá-lo, o que seria um crime – aliás, não seria uma ideia nova, já na época do Pirão enfrentamos essa possibilidade, mas é assunto para outro post) seria mais interessante circular por lá, mas creio que poderíamos, muito bem, aproveitar melhor esse espaço público, agora revitalizado, especialmente quando temos tão poucos locais de lazer.
Talvez pudesse haver um pouco mais de segurança e a praia do Centro voltasse a ser o ponto de encontro aprazível que um dia foi. Por que não, então, invadirmos a nossa própria praia?
Vadão
Concordo e dou o maior apoio. Tenho feito minhas caminhadas pelo pier e, bom seria se mais e mais pessoas aproveitassem esse espaço e, claro, a nossa praia.