A cada dia aumenta o número de pessoas que encontram na bike um estilo de vida
Fabrícyo Looz largou o batente no primeiro dia de 2019 pelas 4h30 da manhã. Chegou em casa enquanto ainda se esvaziavam as últimas garrafas de cidra do Réveillon. Engenheiro de sonorização, ele recém-havia desligado a música e as luzes da festa promovida pela municipalidade na praia do Baixio. Recolheu seu pesado equipamento de trabalho, que momentos depois, em casa, retirou da Ducato adquirida de meia com o pai e sócio Vilson. Devia estar exausto, mas não pensou em descansar. Em vez disso, equipou sua bike e se pôs a caminho: “Às 7 horas eu já estava na rua”. Seu destino? O Santuário de Aparecida.
A história de Fabrícyo, 42, se insere naquilo que pretensiosamente chamarei de “ascensão dos pedaleiros”. Não busquei números para amparar o raciocínio, apenas a constatação que qualquer um que ande pelas avenidas da cidade pode fazer: o número de gente usando bicicletas cresceu como nunca. Mas não é um público que use a “magrela” como mero meio de transporte, uma condução para chegar mais rápido ao trabalho, por exemplo. Esse povo de que falo usa a bike como lazer. Mais precisamente, como parte de um estilo de vida.