Daniel
Silva, criador do site Rifferama, é o responsável por colocar a
música do Estado no mapa
Nos idos dos anos 1980, quando a música pop dominava a programação das rádios FM, vivia-se um boom de bandas nacionais: tínhamos o chamado “BRock”, movimento devidamente radiografado pelo jornalista Arthur Dapieve no livro de mesmo nome, lançado em 1995. Era uma época em que se ouvia muito Barão Vermelho, Legião Urbana e Paralamas do Sucesso — sem contar a safra de bandas gaúchas, encabeçada por Engenheiros do Hawaii e Nenhum de Nós.
Bons tempos? Daniel Silva arrebenta com essa ilusão de uma paulada: a maioria das bandas desse período era uma bela porcaria (ele usa uma palavra um pouco menos graciosa). Bom mesmo, em sua opinião, é o som que se faz hoje em dia — em especial, aqui mesmo no Estado. Daniel sabe do que está falando, pois é o responsável pelo Rifferama, o site que mais garimpa talentos da nova cena autoral catarinense.
Audiófilo e fuçador, Carlos Gabriel construiu um acervo de bolachões de respeito
Na Olavo Berlinck, uma estreitíssima rua paralela à avenida principal de Tijucas, encontramos um gourmet. Não, Biel não é um apreciador da alta gastronomia (ou seria? Acabou que não lhe perguntei a respeito). Ele é, isso sim, um degustador da fina-flor do samba e da MPB, o que faz com a cerimoniosa dedicação de qualquer bom “garfo”. Podemos dizer, para melhor compreensão, que Biel coleciona música.
“Eu gosto de guardar velharia”, descomplica o tijuquense de 35 anos que traz na certidão o aristocrático nome de Carlos Gabriel de Campos Silva. Topógrafo a serviço da concessionária Autopista Litoral Sul há uma década, Biel é talvez um dos mais importantes colecionadores de música brasileira da região.
Como é normal de qualquer cara que tenha crescido num ambiente impregnado de acordes, Ângelo César da Silva, 35, corria mesmo sério risco de se tornar o músico que é. Contrabaixista com contribuições em boa parcela da produção musical do Estado e tendo conhecido um relativo estrelato compondo a “cozinha” da festejada banda portobelense Uniclãs, Cezinha faz pouco mais de um ano decidiu assumir a difícil tarefa de pagar suas contas exclusivamente com o suor da sua arte. Percalços à parte, está satisfeito com sua decisão.
Nas noites de sexta ou sábado, o Tatuíra, no centro de Porto Belo, é o palco mais frequente do músico. Cezinha, entretanto, se desdobra: grava com artistas já tarimbados, muitos dos quais é fã assumido (o itajaiense Vê Domingos é um deles), participa do Sarau Afro-açoriano, premiado projeto de música folclórica de Porto Belo, do Música Orgânica, capitaneado pelo ex-parceiro de Uniclãs André “Coveiro”, e também dá aulas do seu instrumento em escolas de música e para particulares. “Não tem como ser só uma coisa”, explica. “Todo dia tem que estar correndo atrás”.
Filho e neto de cantadores de reis (sua reminiscência musical mais primitiva é um “terno” que testemunhou na infância, na casa de vizinhos na Enseada Encantada), natural de Porto Belo, quando garoto Cezinha se apropriou do violão paterno e criou o hábito de se trancar no quarto para aprender a tocar e compor. Tinha nessa rotina a cumplicidade do primo Jefferson Otto. Juntos, rabiscavam composições, curtiam o início da MTV no Brasil, ouviam discos e dividiam o gosto pelo pop rock nacional do final dos anos 1980, começo dos 90.
Nesse período, Cezinha vivia em Itajaí. Quando, aos dezessete, voltou a morar em Porto Belo ― que havia deixado aos seis ― ele e o primo se uniram a André Gomes de Miranda. “Coveiro” já cantava e tocava, e foi fundamental para alavancar os sonhos da dupla. Juntos, convocaram outros aspirantes a músico, arranjaram instrumentos emprestados e começaram a animar os intervalos de recreio no Colégio Estadual Tiradentes, sob o nome Cordas de Varal. Tornaram-se populares entre a garotada da escola, embora o som não fosse aquelas coisas, segundo Cezinha.
Na época, outro colega tocava baixo e, quando saiu, não restou-lhe alternativa que não assumir a função.
E foi com ele tocando baixo que os amigos fundaram a Tormenta, um estágio musical um pouco mais avançado, com apresentações em bares e eventos da cidade. A banda terminou e os integrantes se separaram: Cezinha, Jeffinho e o guitarrista Alex Sancho ― outro nome que terá importância na história do músico ― foram para a Gato Preto, de Tijucas; Coveiro se reuniu a outros colegas e criou a Al Jihad.
UNICLÃS
Não demorou, entretanto, para todo mundo voltar a se reunir, dessa vez sob as asas de um voo bem mais ambicioso: a Uniclãs. O estopim dessa reunião foi a descoberta da veia artística do também primo Fernando Kruscinski: Nando não apenas compunha, como cantava bem, possuía timbre marcante. Em torno dele, todos os amigos resolveram apostar num projeto autoral. Batizaram a iniciativa Uniclãs para evidenciar a mistura de influências musicais que a banda teria e a forte afinidade entre todos.
“Era mais que uma banda. Era uma família”, lembra Cezinha com saudade. “Era” talvez não seja o tempo verbal mais correto, porque o grupo está numa espécie de stand by, após várias idas e vindas. Mas o período mais marcante da banda, de fato, passou. Foi no início dos anos 2000, quando pôs seu nome no mapa da música catarinense, conquistando um festival de bandas em Joinville, e gravando um clipe como prêmio, depois uma demo e, em 2003, embarcando para São Paulo para gravar, no estúdio do ex-RPM Luiz Schiavon, seu primeiro álbum, Viagens no Exílio.
“A gente nunca tinha saído da nossa região”, Cezinha sublinha a mudança que isso representou. Talvez uma mudança muito súbita, e por isso a rapaziada não conseguiu administrar, ele pondera. A Uniclãs obteve sucesso, realizou grandes shows, o último no teatro de Itajaí, em novembro do ano passado, em mais uma tentativa de retorno. Uma nova reunião, no momento, não parece provável.
NOVOS PROJETOS
Cezinha lamenta, mas não tem muito tempo para remoer o passado. É preciso certo malabarismo para administrar a carreira de músico, colocar o contrabaixo a serviço de diferentes artistas e da aspiração de quem o tem como referência. Para isso, “cancha de palco” só não basta. Por isso, Cezinha concluiu o Conservatório de Música de Itajaí (onde conheceu a intérprete Adriana Benvenuti, com quem casou há dois anos e meio) e está cursando bacharelado em música em Curitiba (PR). “Tô ralando bastante”, garante.
E nisso já se vão uns vinte anos de “ralação”. Natural que, em algum momento, uma sombra de dúvida paire sobre sua cabeça. É porque a rotina às vezes pode esmagar o entusiasmo e nos fazer encarar a temível pergunta: “Será que estou no caminho certo?”. Cezinha mais de uma vez se questionou a respeito. O tempo tem lhe ajudado a formular a resposta: “É a minha profissão”. Uma sentença simples que ele faz acompanhar pela certeza de que dificuldade e recompensa caminham num mesmo compasso, tecendo melodias em tons graves a intervalos de terças, quintas e sétimas, maiores e menores, acordes que o portobelense domina com a mesma facilidade com que se espana da mente uma ideia ruim. Cezinha é músico. E gosta disso.
No último post, conversávamos sobre música. Especificamente sobre o pessoal que fez ou faz a cena musical da cidade. Coincidência ou não, boa parte da turma que citei esteve reunida no Vila Nova para uma celebração surpresa pelo aniversário do Alex, na casa deste, na última terça-feira.
Coveiro, Cezinha, Jefinho, Maninho, o baterista de Itajaí Dunga… não faltou músico na festa (ninguém pensou em uma jam, infelizmente). Outros amigos do guitarrista apareceram e a noite seguiu descontraída.
Já escrevi aqui antes sobre o Alex. Mas gostaria de tirar da gaveta uma entrevista que fiz com ele em 2002, para a Univali. Tinha pensado em usá-la naquela primeira oportunidade, mas o texto foi ficando de lado. Trata-se de um perfil que fiz dele em novembro de 2002, para a Univali.
Perfis são uma das coisas mais legais que se pode fazer em jornalismo. Mas, embora escritos dentro das “técnicas da reportagem”, nem sempre se pode ter certeza de que o retrato ficou fiel ao retratado ou se apenas traduz a forma como a gente vê a pessoa. De qualquer modo, vale arriscar. Segue abaixo o texto:
Não seria muito exagero dizer que, no Brasil, existe um músico ou banda em cada esquina. Fica fácil perceber esta proporção, basta circular por qualquer canto, em qualquer lugar. Na noite, em bares ou boates, em pequenas reuniões de amigos, lá está o violão, ora tocado com talento, ora com mero esforço. Nas garagens os acordes distorcidos perturbam os vizinhos. A caminho do trabalho, alguém cantarola uma melodia.
A música faz parte da vida das pessoas. Cada canção já composta desperta algum sentimento no coração de alguém. Alguns, entretanto, sentem um apelo maior: já não lhes basta apenas ouvir as músicas preferidas, é necessário tocá-las, propor acordes novos, impor um estilo particular às composições, criar as próprias melodias, as próprias mensagens – criar um jeito particular de fazer música. Este impulso, em geral, traz consigo um sonho: o de fazer sucesso e viver da música.
Alex Sancho possui este sonho. Aos 28 anos, contabiliza dez como guitarrista. Atualmente toca na banda Uniclãs, de Porto Belo, no litoral norte do Estado. Prestes a ter nas mãos o primeiro registro em CD oficial da banda, Alex acredita que sua hora chegou.
A Uniclãs é formada por um grupo de amigos que em 2001 reuniu-se para desenvolver músicas próprias, apoiadas nas letras criadas por Nando Kruscinscky, vocalista da banda. O resultado foi tão bom que no mesmo ano o grupo já tocava em bares da cidade. A identificação dos jovens da região com o novo som foi imediata.
“A gente se chocou, a galera gostando e dando apoio. É até absurdo, porque tem aquela de que santo de casa não faz milagres”, comenta Alex.
No ano seguinte a banda lançou um CD demo, realizou um grande show e vendeu as mil cópias que havia produzido, chamando a atenção do promotor de eventos Juracy de Almeida, da Tâmisa Eventos. No início de novembro, começou a grande guinada.
Por conta de Juracy, a Uniclãs entrou no estúdio Schema 336, em São Paulo, para gravar seu primeiro trabalho profissional, a ser concluído no início de 2003.
A experiência em São Paulo ainda emociona Alex: “Foi um salto, tu ver um músico como o Oswaldinho do Acordeon, tocando ali do teu lado e gostando do teu som, é como um sonho”, empolga-se.
Além de Oswaldinho, outros músicos foram convocados para participar do trabalho do Uniclãs, cujo estilo é uma mistura vários ritmos, do baião ao reggae, com os arranjos marcantes da guitarra de Alex, o baixo de Cesinha, os violões e guitarra de André, a bateria de Guto e o vocal de Nando.
A boa fase da banda é, para Alex, o grande momento de uma trajetória de dificuldades. Canhoto, começou aos 15 anos a tocar violão, invertendo as cordas de um Tonante que comprou com seu primeiro salário como balconista em um bar da cidade. O instrumento ele mantém até hoje, ao lado de uma Washburn, uma Fernandes e uma Guilber, todas guitarras feitas para canhotos.
No começo, a idéia era tirar músicas do Legião Urbana, Titãs e Nenhum de Nós e fazer sucesso nas rodas de amigos e com as meninas. O temperamento tímido, entretanto, o levou ao isolamento. As lições de violão e guitarra passaram a preencher o vazio social na vida de Alex, que varava noites tocando no seu quarto. Tanta dedicação sedimentou uma técnica apurada e o músico passou a ser reconhecido na cidade como um grande talento. Ele, porém, demonstra modéstia: “Me considero, para o padrão da banda, um bom músico. Mas sei que preciso evoluir, tem sempre que buscar uma coisa nova”.
Assim como todos na Uniclãs, Alex não mantém outro emprego. Vive “cheio de altos e baixos”, tocando com a banda ou dando algumas aulas de violão e guitarra. “No inverno é mais complicado, tem mês que toca, tem mês que safa”, conta. Há seis meses conheceu Leydiane Reis Amaral, 20 anos, por quem se apaixonou e hoje vivem juntos, à espera do primeiro filho. “Agora aumenta a responsabilidade”, reconhece.
Ao mesmo tempo, com o casamento veio o apoio e a tranqüilidade para acreditar no sonho: “No começo pensei assim: ‘Se demorar a acontecer, ou não acontecer, vou ter que tomar uma decisão radical’. Mas pintou um lance maior na banda e é hora de apostar”.
Refletindo sobre sua trajetória e a importância da música em sua vida, Alex não vacila em concluir: “Foi fundamental, era o que mais me dava ânimo, em algumas épocas era no que eu mais me apoiava”. Hoje, o guitarrista visualiza a possibilidade de ouvir a Uniclãs tocando nas rádios, subindo em palcos do eixo Rio-São Paulo. Paralelamente, acalenta o sonho de gravar um trabalho instrumental, marcado pelas suas influências de jazz, rock e MPB.
O mais importante, avalia, é fazer daquilo que mais ama um meio de vida: “Agora se abriu um horizonte novo, a oportunidade de conhecer um monte de gente que só ouvia no CD e sendo respeitado por eles. Para o futuro espero que a gente possa estar ainda na música, evoluindo nela e vivendo com dignidade”, conclui.
Não faz muito tempo, a Uniclãs, creio que o projeto mais duradouro e bem-sucedido de Porto Belo, resolveu se reunir e, quem sabe, reviver seus bons momentos. Banda, entretanto, voltou a sair de cena após alguns shows, vítima dessa instabilidade tão típica do meio musical. Não houve tempo para mais um registro em CD com a formação original, uma pena.
Entre os êxitos que a Uniclãs conquistou, está o memorável show que a banda fez em Florianópolis dia 4 de abril de 2004, com a participação do vocalista da Titãs, Paulo Miklos. Lembro já ter falado sobre isso aqui no blogue. Gostaria, no entanto, de compartilhar um texto que guardei aqui na minha gaveta virtual. Trata-se de uma resenha que fiz daquele show, para uma disciplina do curso de jornalismo. De marcante daquele show, e que não está no texto, foi o momento em que o Ronaldo (Rona), já falecido, subiu ao palco para abraçar e cantar junto com o titã. Segue o texto:
Fazia algum tempo que eu não via uma apresentação ao vivo da banda Uniclãs, de Porto Belo. Confesso, de antemão, que a minha maior motivação ao ir vê-los na noite de domingo, 4 de abril, no teatro do Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis, foi a prometida participação do vocalista do Titãs, Paulo Miklos. Devo dizer, aliás, que a presença do “titã” no show foi para lá de especial. No entanto, o que me impressionou mesmo, foi a qualidade da apresentação da banda “da casa”.
Tenho que ressaltar, ainda, que não conhecia o CIC e que fiquei logo encantado com o local. Serviu de moldura perfeita ao show, que começou pontualmente às 21h30. Pena que o público da ilha, por uma compreensiva ignorância em relação à banda, não compareceu. A ausência, no entanto, foi compensada pela presença maciça dos fãs de Porto Belo e Bombinhas, que lotaram três ônibus fretados especialmente para garantir o quorum que a noite pedia.
Voltemos ao espetáculo. A banda, que lançou há um ano seu primeiro CD, “Viagens no Exílio”, debulhou com competência seu set list, como de costume iniciando a festa com a música-título do disco. De cara, foi possível perceber a evolução musical do sexteto, particularmente o baixista Cezinha, que sempre pareceu meio pregado no chão e, nessa noite, desfilou suas linhas de baixo com bastante segurança, sinal de que o pessoal anda se esmerando nos ensaios.
O carisma do vocalista Nando surpreende. As menininhas se espremem num canto junto ao palco e forçam um chilique, mas ele não tem nada de star e vai mandando bem, naquele vocal meio Zé Ramalho, as letras cheias de mistérios e predições que caracterizam o repertório da Uniclãs. Aproveito para me apropriar da definição que fez certo colunista do AN, que classificou o som da banda como sendo “rock messiânico”. Bastante original e, quem sabe, uma futura tendência musical no país.
A banda tem suas próprias influências e lançou mão de vários covers, por sinal muito bem escolhidos. Além do tradicional “Heavy metal do Senhor” – o meu favorito – e “Hey Joe” (letra do Rappa), a banda incorporou “Brasil”, do Cazuza e transformou o palco numa tremenda batucada, com o baterista Guto e o percussionista Carlinhos ditando o ritmo da bagunça. A platéia adorou. Houve espaço para Luiz Gonzaga (“Asa branca”), cantando em conjunto com a joinvillense Aninha da Silva, ela também uma desconhecida de talento em busca do seu espaço.
Depois de esgotar todo o set, Coveiro (violão) anunciou a atração esperada. Interessante que, na TV, o Paulo Miklos parece bem maior. Quem entrou no palco foi um baixinho, saudado pela banda aos acordes de “Sonífera ilha” (em homenagem a Floripa, cortejou Miklos, e o CIC quase foi abaixo). Veio “Bichos escrotos” e o vocal dos Titãs estava bastante à vontade com sua banda de apoio. Vi que ficou impressionado com os riffs ligeiros de Alex (guitarra). E com razão: Alex um dos melhores guitarristas que já vi.
E a festa seguiu assim, Uniclãs e Paulo Miklos tocando músicas do Titãs, eles se divertindo ali e o público se deliciando com aquele encontro que ninguém jamais imaginou ver. O convidado saiu ovacionado e a rapaziada continuou no pique. Miklos ainda voltou para um bis, empunhando uma flauta doce. Uma pena que a banda encerrou o show sem tocar “Ô, cabloco”, uma das suas melhores composições. Mesmo assim, foi um show impecável. Em agosto, a banda segue para São Paulo em busca de espaço para a sua música. Que tenham sorte por lá, pois talento não lhes falta.
Natural de Porto Belo (SC), Alcides Mafra começou sua trajetória no jornalismo em 1990, trabalhando como chargista e diagramador para jornais do litoral norte de Santa Catarina e Vale do Rio Tijucas. Em 1996, ajudou a fundar o jornal Pirão d’água, em Porto Belo, o qual editou durante cinco anos. Foi repórter das revistas Photos & Imagens e Photo Magazine e diretor de conteúdo do site iPhoto Channel. Trabalhou ainda como revisor e coordenador editorial da editora iPhoto. Formado em Jornalismo pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), é autor do livro Contam os Antigos… História e lendas de Bombinhas (editora Univali, 2006) e um dos autores do projeto de documentário audiovisual Retratos de Porto Belo, contemplado pelo edital de cultura do município de Porto Belo em 2016 e homenageado com Moção de Parabenização pela Câmara Municipal de Porto Belo em 2017.